quinta-feira, 8 de março de 2012

PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE!


Mulheres organizadas: a importância da participação feminina em organizações sindicais e movimentos sociais

A desigualdade de gênero passa por toda a história do nosso país. Antigamente, estávamos presas e restritas ao lar. Não podíamos saber ler, escrever ou votar.Nossa função era cuidar da casa e ter filhos.Somente no século XIX vão surgir as primeiras organizações de mulheres lutando pelos estudos, pelo trabalho, e pela participação na vida pública do país. Em 1832, a brasileira Nísia Floresta Augusta lança o livro “Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens”.E no Ceará, em 1882, surgiu a Sociedade das Senhoras Libertadoras ou Cearenses Libertadoras,organização de mulheres ligadas às causas abolicionistas.
A partir do século XX, com o processo industrial brasileiro, passamos a pertencer ao mercado de trabalho. Nos tornamos secretárias,enfermeiras, professoras, metalúrgicas... Além da diferença de salário,tivemos que conviver com o assédio sexual dos patrões, o que ainda acontece nos dias de hoje...
Frente a essas questões, nós,mulheres, passamos a nos organizar e a reivindicar a igualdade de direitos. Em 1910, é fundado o Partido Republicano Feminino. A presidente era Leolinda Daltro,que defendia a abertura dos cargos públicos às mulheres. E, em 1932, nós, brasileiras, conquistamos finalmente o direito à participação política e ao voto. Ao longo do tempo,fomos nos inserindo no mercado
de trabalho...A década de 1970 foi um marco para o movimento de mulheres no Brasil. A nossa presença no mercado de trabalho teve um aumento significativo. E foi no final desta década que pipocaram os movimentos sindicais e feministas no país.
Passamos a nos organizar e a lutar contra as injustiças que violentam as (os) trabalhadoras (es).Também passamos a ter uma presença significativa nos movimentos sociais, e assumimos importantes papéis de liderança e participação nas entidades de luta por todo o Brasil. Hoje, nós, mulheres, já podemos votar e ser votadas. Somos prefeitas, deputadas, vereadoras...mas somos, principalmente, mulheres de luta. Além da nossa presença nas organizações em defesa dos direitos e igualdade de gênero,exercemos cada vez mais um papel fundamental nos movimentos comunitários, de moradia, saúde,educação, criança, negros, entre muitos outros.Chegamos, muitas vezes, à presidência de sindicatos, de conselhos municipais, regionais, das associações de bairro. Entendemos que, para sermos livres, temos que querer que os outros sejam livres também! Entendemos que ainda há muito a ser feito pela frente. Que,apesar de estarmos ativamente no mercado de trabalho, as relações ainda são marcadas por desigualdades atribuídas ao sexo. Pelas diferenças salariais. Um indicativo de que muito conseguimos sim, mas muito ainda precisa vir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário