quinta-feira, 1 de julho de 2010

Crônica de um brasileiro desesperado.

O carteiro e o papelão...

Fui carteiro por muitos anos, conheço cada palmo de chão desta cidade, um dia caminhei por ruas satisfeito entregando correspondências de casa em casa.. Gritava ele..
Não, não é um maluco que vos fala ...Eiiiiii senhor!!! Porque me olha com desprezo . Apontou para um homem que passava. Logo aquele homem parou...
Então ele continuou... De repente veio a greve. Aderi junto com meus companheiros, fui mandado embora.. Não chame a policia, sou apenas um velho cidadão gritando a plenos pulmões em prol de direitos, bom eu achei que tinha... Um belo dia acordei sem eles, ironia do destino. pronto estava sozinho, hoje sem sapatos casa ou carinho. Meu senhor com jeito de doutor até a mulher me largou.
Venho até aqui pedir moedas para continuar a viver no meu papelão, amigo e total companheiro. Não acredita? Eu me chamo João da Silva. Um dia escrevi uma carta pro ministro das comunicações, sei lá, deve ter ido almoçar de barriga cheia não se liga pro problema de quem anseia.. Não dê risadas muitos companheiros desistiram até de viver, sabe eu não vou morrer, você sabe por quê? O papelão me aquece, Deus me protege, a esperança é meu lar.
Dê-me uma moeda meu senhor o dia já vai passar não sei se notou, mas a comida não pode faltar. Isso... continua a me ignorar, amanhã é você que pode estar no meu lugar...
Gritou e gritou e o dia passou, com o dia passaram milhares de pessoas. Essa é a crônica de vários Joãos que um dia se perderam nas ruas e grandes centros...

CLEITON OLIVEIRA


Eis dois exemplos de vida para nós: Lutarmos com afinco, procurando fazer o melhor, dando o máximo de nós para obtermos êxito em tudo que fizermos, ou ficarmos na platéia vendo a vida passar como num espetáculo? Qual será a nossa decisão? Só depende de nós! Escolhamos lutar, mesmo que isso nos custe a vida... Então morreremos felizes, pois teremos lutado pelos nossos sonhos, por aquilo que acreditamos.
Não espere envelhecer pra descobrir que você poderia ter feito tantas coisas e não fez, e sentir-se frustrado ( a ). Agarre as oportunidades que a vida está lhe dando, viva-as da melhor forma possível; deixe teus sonhos fluírem. Sonhe, sonhe sempre, sonhe grande...

“O tempo é o ponto de vista dos relógios”... Mas essa sensação de “urgentismo”, de nunca se conter com o já realizado, isso faz parte da natureza do ser humano.

Nossas vidas são uma eterna busca insatisfeita de propósitos, especialmente nos nossos dias, quando os valores estão totalmente voltados para o “ter”: Buscamos possuir bens de consumo numa escala progressiva em relação a seus valores; começamos quando crianças, sonhando em ter uma bicicleta... e quando a temos, e crescemos um pouco, passamos a querer uma mobilete... Depois uma moto, depois um carro, depois um iate, depois um avião e quiçá uma nave espacial, para alçar vôos mais longos...
Não, creio que o ser humano já evoluiu o bastante para acreditar no coletivo sim, mas não esquecendo que nossos objetivos, nossos sonhos são como “molas propulsoras” que nos fazem viver efetivamente. Aqueles que não sonham ou não tentam realizar seus sonhos, vivem pela metade. E viver pela metade é não viver; por conseguinte, é desperdiçar o tão precioso tempo.




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